Quando comecei a praticar mindfulness, há cinco anos, minha vida tinha virado de cabeça para baixo. Tinha acabado de ter meu filho mais velho (Rafa), estava voltando ao mundo jurídico depois de trabalhar em vendas na Ambev. Enfim, um verdadeiro turbilhão!
Claro que não cheguei ao extremo que Dan Harris descreve no excelente livro “10% Mais Feliz”, mas me identifiquei muito com a visão cética que ele também tinha em relação ao tema. Imaginava que este assunto era para monges-budistas-carecas e não para mim.
O ponto de partida foi a apresentação do Andy Puddicombem, no TED, com um título despretensioso: “Tudo que é preciso são 10 minutos consciente”. A partir daquele momento, comecei minha trajetória de 10 minutos diários de meditação e tenho a plena convicção de que este hábito mudou a minha vida.
Hoje entendo que mindfulness vai muito além da atenção plena naqueles poucos minutos. É uma forma de encarar a vida como ela é: inconstante, instigante e com um potencial gigantesco de ser maravilhosa. Percebi que a grande sacada está em incluir o que chamo de “pílulas de mindfulness” ao longo do dia. Seja para atingir o estado de flow (que, curiosamente, o brilhante autor Mihaly Csikszentmihalyi descreve como um “estado ideal de consciência”) ou para simplesmente estar presente de corpo e alma naquela conversa ou atividade.
Benefícios do mindfulness
Tem muita ciência por trás (www.headspace.com). Já sabemos que a prática reduz ansiedade, insônia, depressão, entre outras doenças desta nova era. Parece simples demais dizer que basta estar presente, mas gosto do mantra: “é simples ser complexo e é complexo ser simples”.
Os ganhos em produtividade são absurdos. Recentes pesquisas mostram que as pessoas desperdiçam horas no trabalho todos os dias! Horas!! Não é só o vício no celular que atrapalha, mas a falta de engajamento, concentração e capacidade de memorização.
Se você se identificou com este perfil e quer se tornar uma melhor versão de você mesmo, tenho uma dica espetacular para te ajudar nessa nova jornada: foque nos 3 Hs (Head, Heart and Hands). Entenda a razão de querer mudar, conecte-se emocionalmente com este novo hábito e… faça! E se em algum momento quiser raspar o cabelo e acender um incenso, não tem problema, desde que continue evoluindo!